
Revisar não é só sobre corrigir desvios gramaticais e ortográficos, mas sim sobre tomar decisões que valorizem o texto.
Hoje, 28 de março, é dia do revisor de texto. Por isso, decidi contar pra vocês um pouco da minha trajetória profissional.
Para quem não sabe, minha relação com a escrita criativa começou aos nove anos ou até um pouco antes. Como eu sempre fui uma criança introspectiva, escrever foi se tornando minha mais poderosa ferramenta de comunicação, uma vez que era ali no papel que eu conseguia me expressar sem nenhum bloqueio.
Até os 13 anos, as histórias em quadrinhos eram meu gênero favorito. Eram horas e horas do meu dia imersa no universo que eu mesma criava até que, nessa mesma idade, descobri o teatro.
Minha primeira aula foi em 2010, e a paixão foi instantânea, de forma que nos anos seguintes isso se tornou parte da minha identidade. Inclusive, eu cheguei a trabalhar em companhias e produzir alguns projetos teatrais. Um deles foi a montagem e o outro a publicação do meu livro Patético Oásis, uma dramaturgia que escrevi aos 18 e publiquei aos 22.
Um dia aos 16 anos, voltando para casa após uma aula de teatro, eu ponderava sobre como a arte — em especial essas duas modalidades — me ajudava a lidar com minhas questões e que, por isso, a profissão que eu fosse seguir precisaria estar interligada a ela.
Naquele mesmo dia pesquisei cursos voltados à escrita e teatro e descobri os cursos de letras e de artes cênicas.
Aos 19 anos passei no vestibular para as duas graduações e, com alguma dor no coração, optei pelo de letras na UFG. Confesso, fazer licenciatura me afastava do meu objetivo — que até então nunca tinha sido ser professora — e isso me deixava frustrada e insegura quanto à realização dos meus objetivos.
Então, por conta própria fui fazer cursos sobre edição e revisão de textos. Quando me senti pronta, enviei currículos para as editoras de Goiânia, além de desenvolver um trabalho voluntário de revisão jornalística no Diário das Nações. Meses depois, surgiu a primeira oportunidade de revisar um livro. Finalizada essa demanda, vieram outras e mais outras.
Daí veio a necessidade de profissionalizar meus serviços. Criei o Escrita Contexto no fim de 2019, que me levou a outro tipo de atuação: redação e revisão para as redes sociais. De início eu me sentia completamente perdida, mas com a experiência obtida com falhas, erros e acertos, fui e ainda estou pegando jeito.
Hoje em dia, trabalho com revisão publicitária e sigo estudando essa nova área de produção de conteúdo e marketing digital. No momento não trabalho mais com teatro, mas o concurso Escrita em Ação surgiu da experiência de escrever e produzir projetos culturais que obtive com ele.
Ah, e claro, a escrita literária segue sendo parte do meu dia a dia.
E você? O que você faz? Como foi sua trajetória? Compartilhe com a gente!